Relato da caminhada ao Morro do Teto.
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Bruna na trilha do Morro do Teto. |
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Alexandre na Trilha do Morro do Teto. |
Voltando ao Conjunto do Alcobaça mais uma vez.
Depois de caminhar por algumas montanhas da cidade, Alexandre e eu conversamos sobre uma montanha pouco frequentada e que certamente tínhamos vontade de conhecer. Não esperamos por muito tempo para poder realizar a caminhada do Morro do Teto. Mas antes disso, eu estava de molho por conta de fortes dores no joelho, quando fizemos a trilha do Palmares e esticamos até o Morro Careca(Pedra Azul) em Araras. Marcamos a caminhada para o dia 03 de Junho de 2017, num sábado. Era bem cedinho e eu já estava no terminal rodoviário esperando o Alexandre. Ele também tinha convidado a Bruna Tavares, que nos acompanhou quando realizamos a Pedra do Cone. Alexandre chegou primeiro e ficamos batendo um papo enquanto a nossa amiga não chegava. Após um pouco de espera, ela chegou, nos cumprimentou e então embarcamos no nosso ônibus. Mais uma vez, o nosso destino era o pinheiral, no Bonfim. Como de costume, cada um buscou o seu lugar, perto das janelas. Conversamos muito e eu estava feliz por estar voltando a caminhar e também por matar a saudade deles. O ônibus então partiu e seguimos para a região em que faríamos a nossa caminhada.
Hora de caminhar.
Desembarcamos do ônibus e pegamos a estradinha de terra, passando pelas plantações locais e cumprimentando alguns moradores que já estavam a trabalhar no local. Fomos num ritmo bom e batíamos um bom papo. Passamos pelo casebre abandonado, que indica o início da trilha do Mãe D'Água e prosseguimos pois, o nosso objetivo era chegar a trilha bem íngreme do Alcobaça. Chegamos na entrada da trilha, nos reabastecemos e voltamos ao caminho. Alexandre ia subindo na nossa frente. Bruna e eu íamos um pouco mais devagar. Em hipótese alguma eu tentaria forçar a barra. Ainda estava receoso por causa das terríveis dores que senti na última trilha, há dois meses. Por conta da trilha acentuada do Alcobaça, a gente parava de hora em hora pra tomar água. Descansados, retornamos a bela trilha do Alcobaça e pegamos o caminho para o Morro do Teto. Chegamos numa crista linda, com orquídeas floridas, mata exuberante e pra variar, com um visual bem recompensador.
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Linda bromélia no nosso caminho. |
O ânimo se apoderou de nós e relaxamos um pouquinho. Agora, seguíamos mais devagar, aproveitando cada detalhe do lugar. Mas a névoa pegou carona e resolveu nos acompanhar.
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Bruna subindo a trilha na crista. A névoa ao fundo cobria o Alcobaça. |
Depois de chegar ao cume, demos umas exploradas no local e decidimos descer um pouco, com o intuito de achar um local melhor para se proteger do vento e do frio. Achamos um local um pouco mais chamativo, com umas boas lajes de pedra. Bruna achou o seu lugar numa laje e foi se aconchegando. Fiz o mesmo e comecei a lanchar um pouco e ouvir algumas músicas no meu fone de ouvido, enquanto pacientemente, torcia para que o tempo melhorasse.
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Bruna e eu fotografados pelo Alexandre. O jeito foi sentar e ser paciente. |
Alexandre, como sempre, andava freneticamente de um lado para o outro, olhando todo o local. Pra variar, ele estava com a sua câmera, inquieto e procurando por momentos para fazer as suas fotografias. Esperamos por mais ou menos uma hora para que o tempo pudesse nos surpreender. E surpreendeu mesmo! A névoa decidiu sair e para a nossa alegria, sentimos os raios do sol tocar a pele. Não foi nada fácil ficar esperando. Até para conversar com a ventania que estava era difícil. Repetíamos o que dizíamos toda hora, até o outro entender. Aproveitamos a janela de tempo favorável e curtimos o visual. E claro, sem esquecer de registar alguns momentos.
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Mãe D' Água e Alcobaça a partir do Morro do Teto. |
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Mãe D'Água, Alcobaça e a crista do Teto. |
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Bruna e eu sendo fotografados pelo Alexandre.
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Com o tempo melhor, subimos ao cume do Morro do Teto para poder apreciar a muralha da Serra dos Órgãos. A visão foi acima das expectativas. Tudo era diferente e lindo.
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Não podia faltar nosso registro. |
Alexandre e Bruna aproveitaram para curtir o cume e fazer alguns registros também. Eu me arrisquei com o meu celular e acabei me empolgando um pouco. Numa das fotos, consegui pegar algumas das montanhas mais altas da nossa querida Serra dos Órgãos.
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Montanhas da Serra dos Órgãos. Do Cubaio ao Bandeira. |
Aproveitei para fazer um registro de algumas montanhas da Serra da Estrela, que é uma extensão da Serra dos Órgãos.
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Montanhas que formam a clássica travessia Cobiçado - Ventania. |
Bastante felizes e satisfeitos pela recompensa que o tempo nos deu, decidimos voltar. A volta foi bem tranquila. Papeamos, lanchamos, fizemos mais registros...
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Descansando na volta. Essa pedra era muito convidativa. |
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Bruna e eu na volta. O imponente Alcobaça roubando a cena ao fundo. |
Ao sairmos da trilha do Morro do Teto, pensamos em assistir o sol se pôr do Alcobaça. E a ideia era ótima! Seguimos para a subida escorregadia e íngreme do cone do Alcobaça depois de vencer o trepa-pedras. Ao chegar lá, nos acomodamos e esperamos. Mas a natureza, dessa vez, decidiu que não assistiríamos o espetáculo desta vez. A névoa chegou pra ficar e então descemos a montanha. Bem felizes, nos dirigimos a estradinha de terra. Chegamos ao ponto de ônibus e esperamos ele chegar. Ele chegou, embarcamos e fomos até o terminal. Lá me despedi do Alexandre e fui buscar um copinho de café na lanchonete. Ainda deu tempo de voltar e bater um papo com a Bruna. Vimos algumas fotos da trilha e então meu ônibus chegou. Me despedi de Bruna e embarquei. O dia foi ótimo ao lado deles. Quando cheguei em casa, e refleti sobre o meu dia, tive a total certeza de que aproveitei imensamente. A montanha nos conquista, nos eleva, nos ensina e precisamos atender ao seu chamado.
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