terça-feira, 20 de novembro de 2018

Morro do Teto

Relato da caminhada ao Morro do Teto.
Bruna na trilha do Morro do Teto.

Alexandre na Trilha do Morro do Teto.

Voltando ao Conjunto do Alcobaça mais uma vez.

Depois de caminhar por algumas montanhas da cidade, Alexandre e eu conversamos sobre uma montanha pouco frequentada e que certamente tínhamos vontade de conhecer. Não esperamos por muito tempo para poder realizar a caminhada do Morro do Teto. Mas antes disso, eu estava de molho por conta de fortes dores no joelho, quando fizemos a trilha do Palmares e esticamos até o Morro Careca(Pedra Azul) em Araras. Marcamos a caminhada para o dia 03 de Junho de 2017, num sábado. Era bem cedinho e eu já estava no terminal rodoviário esperando o Alexandre. Ele também tinha convidado a Bruna Tavares, que nos acompanhou quando realizamos a Pedra do Cone. Alexandre chegou primeiro e ficamos batendo um papo enquanto a nossa amiga não chegava. Após um pouco de espera, ela chegou, nos cumprimentou e então embarcamos no nosso ônibus. Mais uma vez, o nosso destino era o pinheiral, no Bonfim. Como de costume, cada um buscou o seu lugar, perto das janelas. Conversamos muito e eu estava feliz por estar voltando a caminhar e também por matar a saudade deles. O ônibus então partiu e seguimos para a região em que faríamos a nossa caminhada.

Hora de caminhar.
 Desembarcamos do ônibus e pegamos a estradinha de terra, passando pelas plantações locais e cumprimentando alguns moradores que já estavam a trabalhar no local. Fomos num ritmo bom e batíamos um bom papo. Passamos pelo casebre abandonado, que indica o início da trilha do Mãe D'Água e prosseguimos pois, o nosso objetivo era chegar a trilha bem íngreme do Alcobaça. Chegamos na entrada da trilha, nos reabastecemos e voltamos ao caminho. Alexandre ia subindo na nossa frente. Bruna e eu íamos um pouco mais devagar. Em hipótese alguma eu tentaria forçar a barra. Ainda estava receoso por causa das terríveis dores que senti na última trilha, há dois meses.  Por conta da trilha acentuada do Alcobaça, a gente parava de hora em hora pra tomar água.  Descansados, retornamos a bela trilha do Alcobaça e pegamos o caminho para o Morro do Teto. Chegamos numa crista linda, com orquídeas floridas, mata exuberante e pra variar, com um visual bem recompensador.

Linda bromélia no nosso caminho.

 O ânimo se apoderou de nós e relaxamos um pouquinho. Agora, seguíamos mais devagar, aproveitando cada detalhe do lugar. Mas a névoa pegou carona e resolveu nos acompanhar.


Bruna subindo a trilha na crista. A névoa ao fundo cobria o Alcobaça.
 Depois de chegar ao cume, demos umas exploradas no local e decidimos descer um pouco, com o intuito de achar um local melhor para se proteger do vento e do frio. Achamos um local um pouco mais chamativo, com umas boas lajes de pedra. Bruna achou o seu lugar numa laje e foi se aconchegando. Fiz o mesmo e comecei a lanchar um pouco e ouvir algumas músicas no meu fone de ouvido, enquanto pacientemente, torcia para que o tempo melhorasse.


Bruna e eu fotografados pelo Alexandre. O jeito foi sentar e ser paciente.

 Alexandre, como sempre, andava freneticamente de um lado para o outro, olhando todo o local. Pra variar, ele estava com a sua câmera, inquieto e procurando por momentos para fazer as suas fotografias. Esperamos por mais ou menos uma hora para que o tempo pudesse nos surpreender. E surpreendeu mesmo! A névoa decidiu sair e para a nossa alegria, sentimos os raios do sol tocar a pele. Não foi nada fácil ficar esperando. Até para conversar com a ventania que estava era difícil. Repetíamos  o que dizíamos toda hora, até o outro entender. Aproveitamos a janela de tempo favorável e curtimos o visual. E claro, sem esquecer de registar alguns momentos. 


Mãe D' Água e Alcobaça a partir do Morro do Teto.

Mãe D'Água, Alcobaça e a crista do Teto.

Bruna e eu sendo fotografados pelo Alexandre.

 Com o tempo melhor, subimos ao cume do Morro do Teto para poder apreciar a muralha da Serra dos Órgãos.  A visão foi acima das expectativas. Tudo era diferente e lindo.
Não podia faltar nosso registro.
 Alexandre e Bruna aproveitaram para curtir o cume e fazer alguns registros também. Eu me arrisquei com o meu celular e acabei me empolgando um pouco. Numa das fotos, consegui pegar algumas das montanhas mais altas da nossa querida Serra dos Órgãos. 
Montanhas da Serra dos Órgãos. Do Cubaio ao Bandeira.
 
Aproveitei para fazer um registro de algumas montanhas da Serra da Estrela, que é uma extensão da Serra dos Órgãos.
Montanhas que formam a clássica travessia Cobiçado - Ventania.
 Bastante felizes e satisfeitos pela recompensa que o tempo nos deu, decidimos voltar. A volta foi bem tranquila. Papeamos, lanchamos, fizemos mais registros...

Descansando na volta. Essa pedra era muito convidativa.
 
Bruna e eu na volta. O imponente Alcobaça roubando a cena ao fundo.
 Ao sairmos da trilha do Morro do Teto, pensamos em assistir o sol se pôr do Alcobaça. E a ideia era ótima! Seguimos para a subida escorregadia e íngreme do cone do Alcobaça depois de vencer o trepa-pedras. Ao chegar lá, nos acomodamos e esperamos. Mas a natureza, dessa vez, decidiu que não assistiríamos o espetáculo desta vez. A névoa chegou pra ficar e então descemos a montanha. Bem felizes, nos dirigimos a estradinha de terra. Chegamos ao ponto de ônibus e esperamos ele chegar. Ele chegou, embarcamos e fomos até o terminal. Lá me despedi do Alexandre e fui buscar um copinho de café na lanchonete. Ainda deu tempo de voltar e bater um papo com a Bruna. Vimos algumas fotos da trilha e então meu ônibus chegou. Me despedi de Bruna e embarquei. O dia foi ótimo ao lado deles. Quando cheguei em casa, e refleti sobre o meu dia, tive a total certeza de que aproveitei imensamente. A montanha nos conquista, nos eleva, nos ensina e precisamos atender ao seu chamado.





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