quinta-feira, 27 de maio de 2021

Mamute/ Serra dos Órgãos

                                                     17 de Abril de 2021      

Montanha imponente tomando conta do cenário

                                                          O tempo e suas surpresas.

 O ano de 2017 com certeza foi um dos melhores que tive relacionado a caminhada nas montanhas. Estava muito empolgado e com energia de sobra para conhecer os lugares de que tanto ouvia falar. No mês de março do mesmo ano eu combinei com o Roberto Amarante a trilha do Morro da Mensagem. Para ser mais específico a caminhada foi no dia 04/03/2017. Neste mesmo dia,  Alexandre Milhorance acompanhado do Pablo Cristo e Philipe Almeida chegavam ao Mamute pela face Norte. Foram duas investidas incansáveis para se chegar naquele lugar sensacional. Eu fiquei admirado com a história e ainda mais quando vi ás fotos que o Alê me mostrou.

Alexandre e Philipe com o livro de cume em 2017.

Continuei fazendo as trilhas ao longo daquele ano inesquecível e nunca deixei de pensar no dia em que eu também chegaria lá. Foi então em Abril de 2021 quando recebi o convite da Thais Bula que conheci pelas redes sociais e fizemos a trilha do Alcobaça em Dezembro de 2018. A primeira dela depois de alguns anos sem caminhar. Aceitei de muita boa fé e então entrei no grupo. 

Assim que entrei no grupo do WPP já vi que tinha mais gente que eu conhecia além da Thais: Anderson Medeiros, Rafael Martins e André Ozaki. E também a outra parte que eu não conhecia até então: Fred, Ricardo e Fabiana. 

Todos os dias no grupo o assunto não era outro a não ser a previsão do tempo e a data tão esperada por todos que participariam da caminhada. Montanha inédita pra todo mundo!!!

Dias depois decidimos que iríamos no dia 17/04. A semana mais longa do ano até o presente momento. Na sexta-feira, dia antecessor a caminhada o tempo parecia não passar. Ao sair do trabalho segui a pé até a praça de Corrêas para comprar o lanche que era composto de bolo Ana Maria - que não são saudáveis porém deliciosos- e PowerRade. Em casa aproveitei uma caixa de bombom que estava fechada também. Arrumei a mochila e fui até a casa do meu pai para amolar o facão. Não sabia de nenhuma ida a montanha no período de dois anos. Imaginei que a calha não estaria tão rastreável e que seria trabalhoso. Na manhã seguinte fui para a entrada do Carangola esperar o Celso do uber. Ele já estava lá esperando e não perdi tempo. A parada seguinte foi nas proximidades da ponte de Corrêas ao lado do ponto de ônibus. Lá aguardamos a chegada do Fred e do Anderson. Um pouco mais de tortura após uma espera de quatro anos. Eles chegaram pouco tempo depois, nos cumprimentamos e seguimos rumo ao Bob's de Itaipava para pegar o Ricardo. Durante o percurso conversamos bastante antes de encontrar a outra parte do grupo que estava com o Thiago que trabalha na mesma empresa que eu. 

                                                      Encontro com os outros participantes.

Quando o motorista parou o carro , Anderson desceu todo animado e foi de encontro ao Ricardo. Bateram um papo curto. Depois foi até o carro do Thiago e começou a bater mais papo antes de voltarmos para a estrada. Seguimos subindo pela BR- 495 que liga Itaipava-Teresópolis  tendo 33,4 km de extensão na faixa de 1.500 metros. Ela  faz parte da Serra dos Órgãos com sua rodovia sinuosa e sem acostamento. Eu fui aproveitando o caminho e olhando para todos os lados de tão lindo que é. Depois de quase meia hora subindo chegamos ao KM 13 que é bem conhecido para os amantes de poços e cachoeiras. É lá o acesso da Cachoeira da Macumba ou Cachoeira dos 13.

Queda principal da Cachoeira da Macumba.

 Os carros estacionaram no larguinho e finalmente esticamos o esqueleto. Começamos a pegar nossas tralhas e começar a ''matracar'' antes de caminhar. O mais agitado aquela hora da manhã era o André que ria pelos cotovelos. Falei com o pessoal e nos despedimos do Celso e do Thiago .

                                                                     Canelada.
 
Com todo mundo pronto iniciamos a trilha por volta das 06h45 daquela manhã. Seguimos em fila pela trilha bem marcada passando pelos poços antes de ver a queda d'água. Ao chegar lá notei as fitas de demarcação nas cores amarelo e preto. Há pouco tempo uma mulher escorregou da parte alta da cachoeira e não resistiu. Continuamos o primeiro trecho do dia passando por uma subida por trilha íngreme e irregular em alguns pontos até nos depararmos com uma estrada.

Tomamos fôlego e descemos a estrada de terra á esquerda até cruzar uma ponte com um pequeno córrego. Aproveitei para encher os recipientes de água e cortamos caminho por um morrinho com vegetação rasteira em vez de fazer a volta. O pessoal ia conversando na maior empolgação.

Surge então ao lado direito antes de uma subida levemente acentuada uma bifurcação á direita. Seguindo esse caminho saímos numa área aberta de vegetação rasteira com uma enorme pedra de um lado e uma solitária auraucária do outro.


 A calha era bem perceptível e levava em direção ao trecho onde cruzamos ás pedras com a trilha do outro lado.

                                                       Ralação

Seguindo na frente e com o Rafael no meu encalço eu escutava o André rindo e divertindo o grupo o tempo todo. O trecho inicial parecia intocado enquanto eu rastreava a trilha procurando por marcas de facão ou qualquer outro sinal que ajudasse.  Isso não durou muito. Tiramos o facão das bainhas e começamos a bater facão num trecho de mata com a predominância das samambaias e capim enquanto engolia de tempo em tempo as teias de aranha. Prosseguimos por um tempo batendo facão para abrir caminho com o Anderson apoiando na navegação. Avançamos rapidamente até sair da vegetação trabalhosa e ''descansar''. Eu fui na frente com o Rafa rebatendo e o Anderson navegando. Esperamos os outros chegarem e também descansarem. O dia estava lindo, com a imensidão do céu azul e nuvens leves. Mas a história na mata era totalmente diferente. A cada ''braçada'' o calor aumentava e o esforço começava a cobrar bastante de todos nós. 

Rafael na ralação.

Foram poucos os trechos que conseguimos relaxar. Prosseguimos mais um pouco desviando de bambus e seguindo o rastro antigo da trilha até subir e ter que pular por cima do tronco de uma árvore caída no caminho. O que restava era pular e continuar até um trecho sombrio de bambuzal onde  Anderson fitou por segurança. Foi neste trecho, enquanto descia pra pegar o rastro da trilha que senti duas pontadas nas costas. Algumas abelhas nos atacaram. Pedi pro pessoal passar o mais rápido possível e em silêncio. Thais soltou um berro e a Nana se queixou pois levou algumas picadas também. André, Ricardo e Fred colocaram uma pilha amiga pra descontrair.
Ganhamos elevação ao chegar no que parecia ser a parte alta de um  morrote cercado de grandes árvores e vegetação  densa. Com auxílio do ''Dersão'' pegamos á direita e em seguida descemos o colo entre um morro e outro.

Rumamos então para á direita seguindo a orientação do Anderson até descer o colo e pegar a trilha do outro lado com uma subida bem suave e mata espaçada. Isso facilitou o avanço do grupo. Por descuido acabei perdendo o rastro da trilha e acabamos fazendo uma trilha paralela até descer num trecho acidentado com outro riacho. Esse por sua vez, não tinha tanto volume de água.

                                                         Aproximação da lajes.

A turma seguiu a todo vapor no trecho que aparentava ser o mais tranquilo. Rafael ia rebatendo com o facão enquanto eu abria caminho seguindo mais atento ao rastro da antiga trilha até topar com um emaranhado de ''aranha-gato''. Quando consegui passar por eles  me deparei com um tronco caído no caminho. Já perdendo a vitalidade por conta de todo o esforço que botei no início pra ganhar tempo e com o braço falhando aos poucos, o que fiz foi pular em cima de galhos e folhas para abrir caminho amassando tudo o que tinha pela frente. Recuperei o folego e prossegui para enfrentar as samambaias. Não durou nem 20 m  o meu avanço. Desse ponto o Rafael assumiu a frente e me deu um alívio enorme. Então aproveitei para rebater e descansar. Ele foi ganhando terreno aos poucos e o seguimos. Atrás de nós ouvíamos o André contando seus ''causos'' engraçados mergulhados na risada do Fred, Thais e Nana.

Trecho das samambaias.

Sem a sombra que ás arvores ofereciam na mata ficamos totalmente expostos ao calor do sol. Anderson, Rafa e eu seguimos próximos um do outro enquanto o povo de trás aproveitava pra manter o humor geral e fazer os registros.  Quando a trilha inclinou eu não perdi tempo e ofereci bombom pra dar um ânimo. Com muito esforço chegamos ás lajes e paramos para fazer o primeiro lanche do dia. Sentei tranquilamente enquanto admirava aquele lindo lugar com o Cone da Macumba bem a frente. Nana e Fred ficaram do outro lado pois o espaço era curto para acomodar todo mundo. Peguei tudo o que tinha e coloquei na ''oferenda'' do café da manhã.

Cone da Macumba a partir da laje.

                                                            Toca pra cima!!!

Acabamos de lanchar, arrumamos ás tralhas e seguimos com o objetivo de pegar caminho rumo a  face norte da montanha. André e Ricardo subiram um lajão bem inclinado e fizeram a segurança com a corda. O trecho não era tão exposto mas apresentava um perigo relevante. Um por um, subimos pelas lajes evitando ás partes molhadas que eram bem escorregadias. Nesse trecho um pinheiro solitário na rocha fazia parte da orientação. Decidimos ir pela esquerda aproveitando o apoio da vegetação. Thais, Rafael e eu fomos pela direita  pois os outros já estavam no lado esquerdo. Nos beneficiamos de um tronco caído para dar suporte quando mudamos para o outro lado da laje escorregadia passando por um rastro bem definido. Desse ponto em diante é impressionante a quantidade de bromélias no lugar. Passamos por um ''degrau'' exigente até encostar num paredão rochoso com a trilha estreita. 
Vencemos alguns trechos que alternavam rocha e terra até sair numa valeta. Por conta do cansaço e do esforço feito na primeira parte da trilha comecei a sentir fortes câimbras.


Valeta natural nas lajes da montanha.

Ricardo, André e Rafa voaram neste trecho rochoso seguidos pela Thais e a Nana. Anderson ia tranquilamente atento a navegação e passando ás coordenadas. Eu fui por último me esforçando apesar do incômodo. Peguei um pouco de água pra hidratar e a Nana me deu uma mariola bem açucarada que ajudou muito. Passamos com todo o cuidado pela subida íngreme das lajes quando o Anderson notou que o Rafa e o Ricardo sumiram de vista. Fomos em direção a crista e vimos eles logo acima, esperando por nós. As meninas subiram para se juntar a eles enquanto eu batia um papo com o André. O Fred estava se sentindo mal para prosseguir apesar do apoio que demos a ele. Anderson também subiu e eu decidi esperar o André voltar pois acompanhou nosso amigo até um ponto menos exposto e recomendou que aguardasse até o nosso retorno. 

André retornou e demos sequência na caminhada juntando-se ao grupo numa linda subida com o visual incrível voltado para a cidade de Petrópolis. Aproveitamos muito para curtir o local e fazer alguns registros. Sentei um pouco e comecei a admirar o Cone 3 ao lado .
Thais, Anderson, Ricardo e Rafa na crista do Mamute.

Por termos caminhado por um longo tempo expostos nas lajes e fazendo um enorme esforço extra, fomos devagar nessa parte. André tomou a dianteira acompanhado pelo Ricardo e começou a abrir caminho. Seguimos o rastro até conseguir um curto descanso numa laje de pedra isolada em meio a mata. 


Andre, Ricardo e eu descansando nas lajes.

Sem tempo a perder e com o tempo passando, voltamos para a crista vegetativa. ''Ozaki'' já estava varando mato no peito para agilizar. Não demorou e então vimos a canaleta que iríamos passar logo a frente.  

Passagem da canaleta que dá acesso ao lindo mirante. 

Após passar pela canaleta, nos reunimos no fim da subida e marcamos um tempo ali. Prosseguimos com cuidado neste trecho devido a exposição e chegamos no belo mirante que tinha como destaque um belo totem. 

Totem no mirante.

Colocamos nossas mochilas no chão e decidimos não prosseguir para o cume. Eu queria muito ir mas não dependia apenas de um só. O grupo chegou ao acordo de voltar no próximo fim de semana que ficasse bom pra todo mundo.

Curtimos muito no mirante apesar do vento forte e frio mesmo com o céu azul e nuvens leves. A galera não perdeu tempo e foi para a sessão de fotos antes de nos reunirmos para o bate-papo e claro, o lanche!!!
André e Rafael.

Anderson Medeiros.

André, Fabi, Thais e Rafael.

Aproveitei o embalo para fazer algumas fotos do visual que se descortinava ao nosso redor. Me encantei com a pontinha do Garrafão e o ângulo impressionante do Pipoca. A serra do Cantagalo e do Taquaril vistos de lá eram um espetáculo a parte.

Papudo, Pipoca, Pedra do Sino e Garrafão.

Cantagalo e Triunfo.


Taquaril Maior, Taquaril Menor, Jacuba Maior e Jacuba Menor.


Pilatos( Quebra-Frascos) e Jacó( Sentis).

Satisfeito com os registro das montanhas ao redor voltei a atenção para o grupo e fiz algumas fotos deles curtindo o momento.

Grupo aproveitando pra tirar fotos e filmar.

Nana, Ricardo e Anderson.


Por volta das 16:00 recolhemos nossos pertences e decidimos iniciar a descida. Para finalizar fizemos uma foto com o grupo todo reunido.

Registro antes da partida.


A volta foi bem tranquila e relaxante. Rapidamente chegamos até o Fred que aguardava lá embaixo  no lajão. Dei uma força pra Nana e Thais em alguns trechos e chegamos ao ponto onde utilizamos uma corda na subida. O entardecer estava lindo. Eu apreciei cada momento e o pessoal fez o mesmo.
Pegamos o trecho de mata já pela noite e chegamos ao largo onde aguardamos o uber. Fazia um frio tremendo e eu me sentei no chão pra descansar. Teve aranha subindo na perna de participante. Teve gente travando pra alertar o perigo. O pior momento foi quando pegaram até o facão pra resolver o problema. O que restou foi bater papo e suportar o frio até a chegada do resgate. Quando nossa carona chegou nos despedimos e fomos embora com a ideia fixa de fazer outra investida.
 
   
                                                    Segunda investida - 15/05/2021
 
Diferente da primeira vez que decidimos ir ao Mamute a excursão seguinte foi num dia nublado e com as lajes bem molhadas em alguns pontos. Alguns não puderam ir devido aos seus compromissos. Por fim eu, Thais, Rafael e Nana já tínhamos confirmado presença. Anderson confirmou por último e fomos para concluir o que começamos. Pegamos a estrada ainda na madrugada e tive uma força do Celso que me buscou no bairro onde moro por conta da indisponibilidade do ônibus. Chegamos no largo da Cachoeira por volta das 05h30. Pegamos um trecho ainda escuro com ás lanternas ligadas mesmo com a aproximação da luz do dia. Íamos num bom ritmo e eu estava bem animado. Seguimos rapidamente pela mata e nem percebemos a rapidez com que chegamos ás lajes. Novamente fizemos uma pausa. Enquanto fazia um lanche leve apreciava o Cone da Macumba num dia totalmente diferente.Avaliamos a situação e seguimos em frente. O dia estava bem nublado e pouco se via do incrível visual que conhecemos há quase um mês . Rafael tomou a dianteira e eu fechei o grupo indo por último, sempre atento a todos.
Subida pelo lajão do Mamute.

Continuamos a trilha tomando todo o cuidado necessário e de tempo em tempo parando para avaliar a situação. Ás 11:00h chegamos ao mirante onde paramos na investida anterior para lanchar e recuperar energia. Decididos, partimos para o ataque ao cume.

                                                                     Trecho final.

Rafael tomou a frente e iniciou a abertura comigo rebatendo. Disse a ele para não se preocupar em limpar muito a calha que revelava um antigo rastro. A vegetação era composta por samambaia e capim. Avançamos com facilidade em meio a névoa densa.  Depois de uns 20 minutos de subida percebemos que ultrapassamos a linha das nuvens  revelando a espetacular visão da parte alta da Serra dos Órgãos revelando os morros pro lado do Açu.Subimos para registrar e na volta tomei a frente. Estava mais empolgado do que o normal. Quase não parei até ver uma laje á esquerda e seguir por uma calha bem visível que o Rafa atento me mostrou. Passamos pela vegetação rasteira que levava até essa laje.

Rafael na subida da laje que antecede o cume.

 Mal sabíamos que no fim dela veríamos o totem que marca o cume projetado para a direção Norte com os seus 1997 metros de altitude. O cume maior fica após a longa crista com 2026m. Como eu estava na frente, fui direto para o totem que guardava o livro e o levantei movimentando freneticamente para o pessoal. 

Totem do Mamute.

Rafael chegou em seguida com  Anderson no encalço. Thais e Nana fecharam o grupo. Nos abraçamos e comemoramos a realização. Sentamos para relaxar e deixamos as mochilas jogadas por todos os cantos. Lendo o livro fiquei surpreso ao ver que a última visita registrada era do ano de 2018. E depois de três anos, estávamos lá com o livro em nossas mãos, bem felizes e emocionados pois foi uma conquista pessoal que marcou todo mundo. Só faltou a companhia dos nossos companheiros que não puderam participar e dedicamos a eles o feito. Não contive o sorriso ao ler o relato do Alexandre Milhorance no ano de 2017, quando tive a oportunidade de ir e não fui. Como o tempo é maravilhoso e nos surpreende. Com o céu azul entre nuvens claras, névoa de um lado e aquele maravilhoso tapete do outro decidimos fazer nossas fotos e vídeos antes que a névoa tomasse conta.


Rafael Martins e Thais Bula.



Anderson Medeiros.

Fabi

Fiz algumas fotos do pessoal e até tomei umas picadas de formiga enquanto registrava o Anderson. Doeu pra valer e então fui me hidratar e aproveitar o banquete. Fabi parecia um mercadão de tanta coisa. No fim tinha de tudo, até nuggets. Ficamos por uma hora e meia no cume e fizemos foto do livro e do grupo reunido antes de partir.

Grupo reunido antes da partida.

Livro de cume assinado.

Eu clicado pela Thais.


                                                                   Hora de voltar...

Iniciamos o caminho de volta com muita leveza e tranquilidade. Anderson sumiu na frente e o Rafael em seguida. O que me restava era ir por último implicando com a Thais e a Nana enquanto curtia o vale do Bonfim e os Cones. Com todo cuidado e atenção chegamos com segurança na parte das samambaias e pegamos maior mobilidade na mata. Dei uma passada rápida pra olhar a Cachoeira da Macumba topando com algumas pessoas que praticavam rapel lá. Fiz uma foto e a Nana também foi lá com a mesma intenção. A essa altura os outros já estavam no largo onde os carros paravam. Fiquei pra trás por conta do botão do short ter soltado e me deixado em apuros. Tive que improvisar e arrancar uma cordinha da mochila pra dar um nó. Thiago e Fred já estavam lá quando cheguei e então partimos. Fui dormindo a maior parte do caminho e deixei Fred e Anderson conversando entre si. Recebemos a ligação do Rafael marcando a comemoração na chopperia do Plazza e nem pensei duas vezes. Só o Anderson que não pode comparecer. Fiquei na praça de Corrêas e finalizei o dia na companhia da Nana, Thais e Rafa, tomando um bom vinho e uma cachaça de milho enquanto eles tomavam cerveja. Me despedi deles e quando achei que só os veria nos próximos fins de semana ganhei uma carona do Thiago até a entrada do Carangola. Agradeci pela ajuda e aguardei a chegada do ônibus com a alma leve a a sensação de realização ao lado de pessoas de bem, que se ajudam e curtem o montanhismo!!!