domingo, 18 de novembro de 2018

Morro do Bonet

Relato da caminhada ao Morro do Bonet .

Morro do Bonet.

Trecho que antecede o cume do Morro do Bonet.
Linda caminhada numa das montanhas da Serra do Couto, no Rocio,  divisa entre Petrópolis e Duque de Caxias, sendo o ponto culminante do município vizinho. Com sua trilha relativamente curta e com alguns trechos íngremes,o cume nos presenteia com ótimas lajes de pedra e com uma visão diferenciada para  a cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro e também para a Reserva Biológica do Tinguá. A montanha pode facilmente ser reconhecida de diversos lugares por conta do formato de uma verruga na sua parte mais alta.
No domingo, conversava com o Marcelo Carvalho, um grande amigo. Decidimos realizar essa trilha e combinamos tudo para não ter qualquer problema em cima da hora. Fui para a minha casa e apenas esperei que a segunda-feira chegasse. Não iria demorar muito, pois já era dia de domingo. Restava organizar a mochila, ajustar o despertador e fechar os olhos.

24 de Julho de 2017.

Acordei bem animado e estava quase tudo pronto. Coloquei  as garrafas de café e água na mochila. Peguei também uns biscoitinhos e barrinhas de cereais. Me despedi da minha mãe e fui para a rua encontrar o meu amigo. Subindo as escadas , observei o lindo azul do céu quase sem nuvens. Fui até a casa do Marcelo e ele me convidou para entrar. O combinado era de fazer um bate-e-volta para conhecer o local. Com isso, não precisaríamos carregar um monte de tralhas na mochila. Após papear um pouco, saímos da sua casa e ele pegou a moto na garagem. Montei na garupa e lá fomos nós. Descemos do Vicenzo Rivetti e pegamos a rua do Vale do Carangola. De lá, seguimos para a rua que levava para Corrêas  e também para a BR-040. Chegamos rapidamente a BR-040 e seguimos para a região do Rocio. Enquanto Marcelo estava concentrado na pista, eu me atentava para qualquer pedreira que aparecesse e ainda curtia o vento da liberdade. Com um pouco de frio na barriga por estar andando na BR-040 numa motocicleta, chegamos na placa indicativa do Rocio e fiquei aliviado. Passavam diversos carros, ônibus e caminhões em alta velocidade bem perto de nós a todo tempo.
Placa indicativa.
 Já no Rocio, era mais agradável de andar. Fiquei relaxado e curti bastante a rua de paralelepípedos em meio a muitas árvores e ao belo canto dos pássaros pela manhã. Ao iniciar uma descida, passamos por um ônibus e em seguida por um carro. Após fazer uma curva, os cachorros da região nos davam as boas-vindas com latidos bem altos e tentavam nos morder. Nos livramos de umas boas bocadas por pouco e seguimos pela bela região. Eu adorava tudo o que via: As matas, os córregos, as cercas,  os cavalos, os bois e muitos animais que apareciam perto de celeiros e pastos. O lugar era adorável. Tempos depois, chegamos a placa indicativa da trilha do Bonet, que infelizmente estava pichada por vândalos que frequentam nossas montanhas.

Placa indicativa da trilha vandalizada.
Desci da moto e esperei o Marcelo estacionar.                        
Marcelo estacionando a moto.
Após estacionar a moto no canto da estrada, Marcelo me acompanhou e seguimos para iniciar a trilha. Íamos num passo tranquilo, desfrutando de cada momento na trilha. Notei que o trecho inicial da trilha era muito feio e erodido.

Na subida do trecho erodido.
 Tomamos o devido cuidado para não escorregar e continuamos.
O erodido trecho inicial.
 Passamos por outros trechos bem desgastados e então resolvemos fazer uma parada.  Aproveitei para olhar o CINDACTA( Pico do Couto,1776m). Comentei com o Marcelo que certa vez, numa linda noite, enquanto prosseguia na estrada para ir até Cabo Frio, reconheci a montanha por conta das luzes que são ligadas ali ao anoitecer. Aquela noite estava tão bela que nem o Congonhas e a Serra do Tinguá passaram despercebidos.
Pico do Couto(CINDACTA) na parte de cima da imagem.
 Voltamos a subir e entramos num trecho de mata bem bonito, com muitas flores, plantas e é claro, sombra. Mesmo estando um pouco cedo, já fazia um baita calor.
Atrações da trilha.

Trecho de mata da trilha.
Após subidas e paradas, avistei uma pedra a frente e consegui ter uma visão um pouco maior do local em que estávamos. Avisei ao Marcelo e então prosseguimos até chegar perto dela. Avaliei o local e  vi que o cume já estava logo ali, esperando a nossa visita. Sem tempo a perder, disparei na frente, venci o trepa-pedras e senti mais uma vez o sabor de se alcançar o cume de uma montanha. 

Trepa-pedras antes do cume.

Marcelo chegou e então nos cumprimentamos e agradecemos um ao outro pela companhia.


Nosso registro ao chegar no topo.
 No cume não tinha ninguém e o visual era muito bonito.

Visual do cume para a linda região da Serra do Couto. Congonhas no centro da imagem.

Marcelo fazendo seus registros.

Visão para a região do Rocio e para algumas montanhas de Petrópolis.
 Antes dessa trilha, o Marcelo tinha me acompanhado pela ultima vez no dia 14 de Agosto de 2016. Naquele belo dia, conhecemos o lindo Pico do Alcobaça(1811m). Começamos a explorar o cume a apreciar cada detalhe, buscando pelo melhor lugar para fazer o nosso lanche. Enquanto andava e registrava pelo cume, percebi que recentemente alguém ou alguns acamparam ali e deixaram os seus rastros. Desmontei fogueiras, catei filtros de cigarro e retirei resíduos plásticos.
Restos do que sobrou de uma fogueira. Não faça fogueiras. Respeite o Meio Ambiente.

Ponta de cigarro jogada no chão.
 Depois de cumprir com o dever de retirar o lixo, voltei a curtir a montanha com o meu amigo.  Para evitar um pouco o vento, aproveitamos um espaço entre duas lajes e ali tomamos o nosso café. Ficamos no cume por horas e conversamos muito. O papo além de bom, era produtivo.
Registro depois do papo.
Registro feito pelo Marcelo.
Marcelo curtindo o visual.
 Após muitas conversas, boas risadas, fotos e vídeos, decidimos que era hora de ir embora. Arrumamos as nossas coisas e começamos a descer a trilha. A descida foi rápida até a gente chegar no trecho erodido. Passamos com cuidado ao descer nessa parte para evitar qualquer tipo de acidentes ou ferimentos. Chegamos a beira da rua, atravessamos para o outro lado e então Marcelo manobrou a moto. Montei na garupa e voltamos pelo mesmo caminho. Antes de chegar ao nosso bairro, paramos num barzinho para tomar uma pepsi e comer alguns salgados. Quando me dei conta do que estava acontecendo, comentei com o meu amigo e rimos muito. Tivemos uma lombeira que nos fez ficar por mais de 30 minutos tomando coragem para levantar e seguir para casa. Recuperados, voltamos as ruas e seguimos para casa. A volta foi bem tranquila e então chegamos no portão da casa do Marcelo e eu desci da moto para que ele pudesse estacionar. Devolvi o capacete a ele e o agradeci pelo dia. Com um sorriso de velhos amigos no rosto e um caloroso aperto de mãos, fui para casa descansar. Feliz e satisfeito, fiquei grato pelo dia e entrei para o banho. Outra bela trilha e com uma ótima companhia!

 

   

2 comentários:

  1. Gostei muito do seu relato, Mateus. Realmente deve ser uma visto muito profícua do alto do Morro do Bonet. Nãao é por acaso que esse morro foi escolhido pela Cindact para colocar suas antenas. Ailton Ribeiro Pinto (ailtonribeiro184@gmail.com)

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  2. Fico feliz que tenha gostado. A vista compensa bastante, já que apesar de ser um pouco ingreme a trilha é curta. O local escolhido pelo CINDACTA para operar é o Pico do Couto.

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