sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Pico do Glória/ Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Trilha do Pico do Glória
Pico do Glória no centro da imagem
Fotografia: Alexandre Milhorance
Um antigo desejo...

Já era bem tarde daquela sexta-feira. Havia chegado em casa bem animado com a possibilidade de fazer uma trilha logo no sábado. Ainda pela semana corrida, combinava com um amigo - o Jonhnatan -, para ir comigo. Comentei sobre três roteiros que queria conhecer: Pedra da Cuca, Pedra da Índia e Pedra de Itaipava. Acabamos por perder totalmente o contato devido a queda de rede dele. Sem obter respostas no What's App, acabei decidindo ir ao Parque para visitar alguns poços e cachoeiras. Antes de dormir, pedi para minha mãe me acordar cedo no sábado. Quando despertei e olhei a hora no celular, dei um pulo da cama. Já marcava 06h30 e eu não deixei a mochila arrumada. Já sabendo que perderia o ônibus que estava a caminho, decidi pegar o próximo. Peguei a mochila e coloquei minha parka e calça impermeáveis no fundo. Para ficar mais a vontade, decidi colocar o short e uma camisa de tecido leve. Mesmo com a previsão marcando uma janela de tempo ensolarado com duração de mais ou menos cinco horas(5h), tinha a total noção de que uma chuva poderia cair sem aviso prévio, afinal, o verão tem dessas ''surpresas''. Com a mochila pronta, segui para o mercadinho onde trabalhava meu amigo Davi. O cumprimentei e comecei a comprar algumas barrinhas de cereais deliciosas dos sabores de chocolate e morango. Tendo biscoito salgado na mochila, comprei também um doce com recheio. Certamente ficaria mais feliz em ter preparado alguns sanduíches, frutas secas e suco natural. Acabei levando também um pacotinho desses sucos em pó da Tang. Apesar de não serem nada saudáveis , são gostosos. Fiquei conversando com o Davi até pegar o meu ônibus que chegaria por volta das 07h44. Ao sentar na janela e selecionar uma música para curtir o trajeto, vi as montanhas da Serra dos Órgãos  sendo engolidas por muitas nuvens carregadas. Não gostei muito do que vi, mas estava confiante na previsão do tempo. No terminal rodoviário esperei pacientemente até a chegada do Bonfim/Pinheiral. Apesar do atraso de 10 minutos, ele chegou e imediatamente partiu. Sentado no banco outra vez, reparei que algumas pessoas iriam para o mesmo lugar que eu. Saltei próximo ao ponto final e tomei a estradinha de terra que leva até a portaria do parque. Paguei o ingresso e segui subindo a trilha, com o apoio de um bastão de caminhada. Uma dor no calcanhar esquerdo insistia em me incomodar há duas semanas. Pensei em ir direto para o Véu da Noiva, mas optei pelo Poço Paraíso antes. Rapidamente cheguei ao Poço passando por uma linda trilha com bambus espaçados e com o escorrer das águas pelas calhas ao lado da trilha. Poucos se banhavam ali. Subi em uma pedra e fiz um registro. Estava também atento ao tempo, pois com o céu carregado e o risco de chuva iminente, não podia relaxar um minuto sequer. O risco de uma cabeça d'água era bem possível. Apesar do local ser bonito e agradável, um visitante me irritou. Ele chegou a arremessar algumas pedras do fundo do poço em outra maiores, fazendo com que partissem ao meio. Apesar da falta de noção, não levou em consideração os outros visitantes que estavam lá.
Poço Paraíso
 Após o registro, segui para o ''Circuito das Bromélias''. Quando iniciei a trilha e virei para a direita, ouvi duas vozes. Uma masculina e outra feminina. Curioso que sou, olhei e acabei por ver uma figura conhecida. Era o Roberto Bessa e uma amiga sua. Cumprimentei os dois e iniciei um papo longo e agravável com ele. Afinal, não tinha pressa nenhuma neste momento. O tempo continuava feio e decidi fazer hora lá. Depois de muito papo, nos despedimos e segui para a cachoeira do Véu da Noiva. Enquanto subia reparei que mesmo tímido, os raios de sol começavam a aparecer através das nuvens que pareciam diminuir. Mesmo sem imaginar  que iria subir uma montanha nesse dia, fiz um registro do Pico do Glória com o céu bem carregado.
Cume pontiagudo do Pico do Glória
Fiquei animado e mantive o ritmo na subida, evitando parar muito. Com a dissipação das nuvens, as montanhas já apareciam com a sua imponência, revelando o imenso paredão rochoso com a predominância do verde da nossa Mata Atlântica ao redor. Numa parada para degustar de uma barrinha, fiz um registro  daquela bela manhã.
Vale do Bonfim e a Pedra do Cone
Continuei subindo e passei por algumas pessoas, incluindo duas moças que chegaram a me perguntar se eu era guia. Respondi que não e continuei subindo bem embalado, só parando na bifurcação do Véu depois de passar por mais alguns caminhantes e banhistas. Ali, retirei a camisa um pouco para aliviar o calor e o suor do meu corpo. Tomei uns bons goles de água e vesti a camisa novamente. Pouco tempo se passou e três rapazes que vi momentos antes chegaram. Nos falamos e eles prosseguiram rumo ao Morro do Alicate. Continuei ali curtindo o ambiente até reencontrar as moças. Elas pararam para tomar um fôlego.  Percebi que eram montanhistas experientes. Uma delas relatava um pouco sobre as  caminhadas para os lados do Cubaio e Mamute. Até da forma antiga que se fazia a famosa travessia Petrópolis - Teresópolis . Fiquei encantado com aquilo. Já recuperadas, despediram-se e prosseguiram. Fiz o mesmo e então peguei a trilha para a cachoeira. Passei pela Gruta do Presidente e logo cheguei a linda queda. O volume de água estava bom e haviam poucas pessoas por lá. Assim como eu, muitas só observavam. O motivo era bem óbvio : Água bem gelada e sem calor suficiente!
Fiquei feliz também por não ver lixo lá. Cheguei a pensar que era questão de tempo ou até o caminho de volta. Para não perder tempo, segui para a parte de cima, onde existem dois belos poços. Mas antes registrei a cachoeira.
Véu da Noiva
 Em seguida, peguei a tilha para a parte de cima da cachoeira e encontrei algumas poucas pessoas pelo caminho escorregadio. Por estar sem facão, desviei da trilha por conta do bloqueio das árvores e galhos que caíram no caminho. Mas logo estava de volta a trilha. Cheguei aos poços e molhei o rosto. Ao olhar para cima, o azul do céu predominava. Me refresquei e aproveitei para tomar água e comer mais uma barrinha.

De repente!

Enquanto curtia o som das águas e dos pássaros, dei uma boa olhada para o Morro do Alicate e o Morro do Açu. Mas bem pertinho, um pouco para a minha esquerda, estava o pico pontiagudo e imponente do Glória. Daí me lembrei de uma coisa: Não tinha ido lá! Em seguida, a seguinte pergunta: ''Não!? Por quê?''. Apesar da melhora do tempo, eu ainda me preocupava com uma reviravolta repentina. Avaliei tudo e me levantei. Decidido, comecei a subir as lajes e acabei topando com dois homens. Papeamos um pouco e trocamos informações bem legais. Despedi-me deles e fui embora. 

Trecho do riacho,11h00 da manhã.

Subi as lajes com atenção, evitando os trechos molhados e potencialmente escorregadios que poderiam por um ponto final logo no início da trilha. Segui laje acima e parei para encher os meus recipientes com a deliciosa água que escorria das montanhas. A minha frente, surgiu um trecho de laje esbranquiçada e bem larga. De tão grande, lembrava uma rua. Ao lado, algumas poças d'água e blocos de granito. Começava aí um dos trechos mais belos da caminhada, por dentro do vale subindo o riacho  e passando pelos blocos de granito. Percebi que era uma trilha que necessitava de muita atenção e um pouco de técnica. Com o olhar atento, subi pelo riacho com atenção. Por conta das chuvas anteriores, o volume de água era bem relevante e o limo das pedras eram traiçoeiros. Esse trecho deu um bom trabalho e também um ou outro tombo. Após subir por 20 minutos, parei para fazer alguns registros e um vídeo do local. Continuei passando ao lado de uma gruta e hora ou outra, ''escalava'' na marra, uns blocos bem molhados.

Blocos de granito na subida do riacho
Poço convidativo para um banho
 Pouco antes de chegar ao início da subida da trilha propriamente dita da montanha, tomei um grande susto. Ao subir uma pedra, parei para dar uma respirada e avistei a grande laje que aparecia a frente, com a água escorrendo ao lado de uma espécie de gruta suspensa, a esquerda. Foi nesse momento que reparei uma cobra coral abandonando a água e seguindo para a mata. Fiquei arrepiado e com uma vontade imensa de tentar me aproximar para conseguir um registro. Contudo, preferi apenas observar o animal a distância. Voltei toda a atenção para a laje e olhei o céu. Tempo límpido e o tradicional calor do verão. 
Lajão de pedra íngreme que finaliza o trecho do riacho
 Subida exigente!

Com o fôlego recuperado e algumas barrinhas de cereais bem degustadas, coloquei a mochila nas costas e procurei pela calha da trilha, a direita de uma laje de pedra. Devido as chuvas, o mato tomou conta do trecho inicial. Vasculhei com atenção e vi a linha da trilha, subindo na direção da mata. Iniciei a subida e logo abandonei o meu bastão de caminhada. Ele certamente iria me atrapalhar, agarrando na vegetação o tempo todo. Deixei ele bem escondido ao lado esquerdo e segui subindo a trilha bem íngreme e escorregadia. Bem animado e motivado, subi esse primeiro trecho da trilha com algumas passagens um tanto complicadas, me apoiando em pedras  e galhos. Continuei até topar com uma laje de pedra que estava bem molhada. Com cuidado e atenção venci o trecho para pegar a trilha um pouco para a esquerda, entrando na mata.Numa parada para descansar, avistei o lindo cume do Alcobaça e alguns blocos de pedras numa laje ao lado da trilha.

Pico do Alcobaça

Blocos de pedra e bromélias na laje
 Mais a frente, passei por uma calha com dois blocos com muita cautela, evitando algumas pedras soltas. A trilha novamente voltou a ficar bem íngreme e cheguei no lance do ''degrau''. Com quase dois metros e bem encharcado,  deu um pouco de trabalho. Me beneficiei até de uma pequena árvore para vencer o trecho. Também havia uma corda lá. Antes de usar, averiguei com atenção pois, a mesma parecia se encontrar ali por um bom tempo. Não seria nada legal levar uma queda por conta do rompimento da corda. Já decidido, a usei para conseguir vencer o trecho.
Laje molhada e corda para apoio
 Após passar pela laje escorregadia, continuei na íngreme trilha até topar com a interessante visão das rochas a minha direita. Peguei o celular no bolso e registrei o lugar.
Vegetação na rocha
Guardei o celular no bolso mais uma vez e voltei para a trilha. Não demorou muito e então cheguei num trecho com uma laje bem inclinada. Dei uma boa olhada e vi que as lajes estavam bem molhadas. Fiquei parado por um tempo, avaliando por onde iria passar. Naquele momento, pensava em traçar uma rota onde a laje estivesse um pouco mais seca e que as ligações de uma para a outra fossem bem mais curtas. Decidi então ir para a esquerda, subindo bem pelo canto com cuidado e segurando na vegetação. Nunca fiquei tão feliz em ver bromélias. Elas serviram muito bem para que eu pudesse me apoiar e ganhar o terreno. Na última laje antes de volar a entrar na mata, sentei e descansei. Aproveitei o embalo para comer umas barrinhas e tomar mais água. O calor era sufocante e a subida muito exigente. Certamente aquela trilha não era feita pra ser percorrida no verão. Observei a paisagem e fiz alguns registros. Ventava um pouco e eu me remexia o tempo todo. Os insetos estavam aproveitando muito bem do meu sangue. Mesmo com esse incômodo, me concentrava no tempo e na paisagem. Vi umas flores bem interessantes e resolvi registrar também.

 Já recuperado, voltei a caminhar. A trilha seguiu mata adentro ,bem íngreme. Em alguns pontos tive que me abaixar e usar as mãos para liberar partes do caminho que estavam tomadas pela vegetação. Parei pra descansar perto de uma pedra que parecia um abrigo. Andando um pouquinho mais, notei que a inclinação começou a ceder e logo alcancei a crista da montanha. Tive novamente a visão do Vale do Bonfim e das montanhas ao redor. Foi de certa forma muito marcante chegar ali. O esforço e o ritmo acelerado fez valer cada momento.  Olhando pro belo vale, notei novamente o Alcobaça se destacando e peguei o celular para fazer mais registros.
Visual da crista
 Satisfeito com o visual, segui pela crista até chegar num trecho de mata mais aberto e olhei a extensa crista do Cubaio e as nuvens mais leves.
Crista do Cubaio
 Retornei a trilha na crista e passei por uma rampa de pedra tomando todo o cuidado possível. Estava sozinho, em pleno verão, fazendo uma trilha altamente perigosa. Os sentidos estavam redobrados a cada passo. Venci a rampa e passei por um conjunto de blocos bem bonitos. Foi bem fácil de passar aí.

Perigo!

Com os blocos ficando para trás, me sentei e fui lanchar para recuperar as energias. Estava para iniciar o trecho exposto da trilha. Antes mesmo de estar ali, tinha pesquisado e me informado bastante sobre o local. Quando me levantei, fui dar uma olhada mais de perto e vi que não podia bobear ali. De ambos os lados, a queda era enorme. Margem de erro ali não existia. Respirei e esperei o corpo relaxar. Tentava controlar a ansiedade e a adrenalina ao mesmo tempo. Não foi tarefa fácil, pois ao mesmo tempo que queria chegar ao cume, tinha que decidir se arriscaria ou não passar pelo trecho exposto. Por conta de toda a tensão e emoção do momento, acabei esquecendo de fazer uma foto do trecho. Consegui uma foto do Fabio Fliess para poder mostrar o lugar.
Trecho exposto da trilha.
Fotografia: Fabio Fliess
Sabendo o que tinha a fazer, usei da confiança, experiência e uma grande dose de responsabilidade para vencer a passagem que me levaria ao cume. Apesar de ter levado uma corda, não tirei da mochila. Eu não tinha testado ela. Apesar de ser de boa qualidade, não era uma corda própria para a atividade. Com a adrenalina a mil, fui subindo bem devagar, usando as mãos e os pés em sintonia. Passei com sucesso e um sorriso de orelha a orelha. Segui na trilha, que agora se mostrava uma rampinha leve com alguns blocos a esquerda. Alguns passos e então cheguei ao cume do Pico do Glória no dia 19 de Janeiro de 2019, num sábado bem quente de verão. O marco do cume foi o que mais me chamou atenção. Toquei no marco e então caiu a ficha!  Tinha chegado ao cume e comemorava muito, bem emocionado. A energia do lugar era surreal e estar sozinho engrandecia o sentimento de realização. Era eu e a montanha a sós. Coloquei a minha mochila encostada no marco e já corri para fazer algumas fotos. Ficava atento ao tempo sempre. Não queria ser pego de surpresa, não nessa trilha.

 Iniciei os registros do histórico marco de pedra do cume, que se encontra lá desde 19 de Julho de 1997.
Marco histórico no Pico do Glória
 Com as fotos gravadas no celular, comecei a retirar umas pedras do totem para alcançar o livro de cume que ficava no interior. Usei até a minha garrafinha para remover as pedras. Não sabia se encontraria somente o livro de cume lá dentro, protegido dos elementos naturais. Quando consegui olhar a parte de dentro, vi que a caixa onde o livro ficava guardado era presa na rocha. Abri a tampa e puxei o livro. Ele estava bem protegido e um pouco úmido. O retirei com cuidado e carinho para não o danificar.
Livro bem protegido.
 
Livro assinado

Removi o plástico que envolvia o livro e coloquei um peso em cima para que o vento não soprasse o plástico para longe. Utilizei uma das canetas que tinham para relatar a experiência que tive. Ainda estava tremendo um pouco por conta da adrenalina e misturava essa sensação a emoção de ter um livro de cume em mãos. Depois de ter feito o relato, embalei o livro da mesma forma que havia encontrado e o guardei na sua caixa. Recoloquei as pedras para proteger e fiz alguns vídeos do local. Quando terminei os vídeos, fiz uns registros meus lá. Por estar só, o que sobrou foi fazer a famosa 'selfie' para levar de recordação.

Cume do Pico do Glória

Marco de cume
 Depois desses registros, guardei o celular e decidi pegar o biscoito doce e recheado que tinha comprado. Na primeira mordida acabei percebendo que tinha algo de errado. Na verdade, errado demais! O biscoito estava fora da validade por quase dois meses. Removi o que tinha na boca e coloquei na sacola de lixo junto com o resto do pacote. Peguei o biscoito salgado e comi para retirar o gosto ruim do anterior. Muito satisfeito, resolvi que era hora de voltar. A vontade era de ficar mais tempo lá, curtindo a bela paisagem. Porém, o verão é uma caixinha de surpresas da qual eu não pagaria pra ver. Juntei tudo na mochila e desci a trilha. Atenção total no trecho exposto!
A descida foi rápida com poucos escorregões. Peguei meu bastão e sai da trilha, parando na laje para fazer um suco. Ali fiquei por trinta minutos, aproveitando a calmaria, sem ninguém para atrapalhar.
Descansando as pernas
 Com o fôlego recuperado, iniciei a descida de volta para a parte de cima da cachoeira passando pelos blocos de granitos bem escorregadios que encarei na ida. Achei mais fácil descer do que subir. Rapidamente cheguei a parte alta onde ficam os poços. Só tinha um casal lá. O rapaz me cumprimentou e me perguntou de onde eu vinha e para quais lugares o caminho levaria. Expliquei a ele detalhadamente e nos apresentamos. Junto do rapaz, o Fernando, estava também a sua namorada, a Daiana. Fiquei um bom tempo batendo um super papo com eles. Casal bem simpático e gentil.
Fernando e Daiana
 Após comer mais barrinhas, fiz um registro deles e entrei no poço para me banhar. Fernando foi primeiro e me trouxe coragem. Apesar do sol, não estava tão calor e a água era muito gélida. Mesmo assim valeu a pena entrar na água . Fui para perto da laje, deixando a água escorrer pela cabeça, com o corpo submerso. Era bem relaxante e não dava vontade de sair dali. Pedi para que o casal tirasse uma foto minha ali, para levar de recordação. Fernando logo passou o celular para a Daiana alegando que ela levava mais jeito. Assim que ela fez a foto, agradeci e fiquei mais um pouco.
Lavando o corpo e a alma
 Totalmente aliviado e com a alma lavada, fui até a laje de pedra para me secar. Vesti a camisa, arrumei minhas coisas e me despedi do casal. Ainda fiz outros registros do visual enquanto partia:

Pico do Glória
Morro do Açu e Morro do Alicate
 Com as últimas fotos registradas no celular, desci a trilha para a queda d'água da cachoeira e segui até pegar a trilha que descia para a portaria. No caminho encontrei novamente as duas moças que foram pro Morro do Alicate. Elas eram do CEB- Centro Excursionista Brasileiro. Me apresentei e elas me disseram os seus nomes: Márcia e Ivana! O papo foi bom e divertido. Me despedi delas na bifurcação do Poço Paraíso e Circuito das Bromélias. Subi rápido e dei uma passada no ''Circuito das Bromélias''. Peguei a trilha de volta e cheguei a portaria. Lá reencontrei o Roberto Bessa e batemos mais um papo. Sai do parque e peguei a estradinha de terra e segui para o ponto de ônibus. Já no ponto, conversei com outros caminhantes que visitaram os poços e cachoeiras. Então o ônibus chegou e todos entraram. Ao chegar no terminal, vi que meu ônibus estava no ponto e prestes a partir. Entrei bem rápido e peguei um lugar na janela. E assim se encerrava mais uma experiência fantástica nas caminhadas!