segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Morro do Palmares x Morro Careca


Palmares
Morro Careca

Pé na trilha outra vez.

Aproveitando a previsão boa para a cidade de Petrópolis, Alexandre agitou a turma para realizar uma caminhada que ele tinha em mente. A ideia de fazer essa trilha já tinha um tempo. Foi no dia 29 de Janeiro de 2017. O tempo não colaborou. Estava nublado e com algumas nuvens carregadas. Na ocasião, estava acompanhado de quatro pessoas : Alexandre Milhorance,Felipe Milhorance,Pablo Christo e Roberto Amarante. Aproveitando o feriado daquela sexta-feira, fizemos uma caminhada muito boa e produtiva.

Acordei bem cedinho naquela manhã do dia 21 de Abril de 2017, sexta-feira. Era feriado de Tiradentes. Organizei minha mochila e coloquei a água pra ferver. Fiz um café docinho e tomei alguns copos antes de ir pra rua esperar o ônibus. Já no Terminal de Corrêas,
andava de um lado para o outro enquanto esperava o pessoal chegar. Nossa ideia para aquele dia seria realizar uma mega trilha percorrendo quatro montanhas : Pedra da Cuca, Pedra Comprida de Araras, Palmares e Morro Careca. E lá estava eu, olhando o 602(Vale das Videiras) deixar a plataforma as 07h10 daquela manhã. Cerca de dois minutos depois eles chegaram e nos cumprimentamos. Comentei com eles sobre a saída do ônibus momentos antes da chegada deles. Não tinha noção do que iria acontecer. Achava que em breve, teria outro ônibus para nos levar até a Ponte Funda. E eu estava enganado!

Começo ruim.

Eram 09h30 da manhã e nada do ônibus aparecer. Além de estarmos perdendo tempo, o desânimo já era visível na expressão e nas palavras de cada um. Chegamos a cogitar o cancelamento e remarcar no dia seguinte ou em outra data. Pelo horário não daria tempo de fazer tudo e aproveitar o pôr do sol tranquilamente. Depois de muita conversa, optamos por fazer o Palmares e o Morro Careca ( Pedra Azul). Todos toparam e então esperamos a chegada do ônibus para Araras.  Próximo das 10h00 da manhã, o nosso ônibus chegou e embarcamos. Apesar do balde d'água fria, voltamos a nos animar e iniciamos um bate-papo daqueles no interior do veículo. Todos de pé, rindo de gargalhar. Foi um momento bem divertido do dia sem dúvida.

Subida do Palmares

 Logo chegamos em Araras, na localidade conhecida como Santa Catarina.  Pegamos o acesso da trilha do palmares e seguimos subindo pela sombra da mata e alguns fios d'água.  Paramos um pouco antes de iniciar a subida da crista do Palmares. O tempo estava bem favorável e elevava o nosso ânimo. Céu azul,vento refrescante e com tempo de sobra para ir até o Morro Careca. Reabastecidos, iniciamos a subida da montanha pela crista arbustiva.
Alexandre descansando
Seguindo na trilha
 Após sair do trecho arbustivo, chegamos as lajes.
 Aproveitamos para fazer alguns poucos registros e claro, o lanche.

Cume

Acabamos o lanche e nos organizamos. O cume já estava próximo e o horário ainda nos favorecia.
Seguimos em direção ao cume com rapidez e chegamos ao trecho exposto que antecede o cume.
Trecho final da trilha do Palmares. 
 Demos aquela boa olhada no lugar antes de começar a agitar passada no lance. Apesar de curto, necessitava de muito cuidado e atenção. Nesse ponto, eu só conseguia ser muito grato por ter levado o bastão de caminhada comigo justamente nesse dia. Meu joelho esquerdo estava me matando, de tanto que doía . Mesmo assim resolvi seguir em frente. Junto dos meu amigos, enfrentei o trecho sem problemas.  Algumas fotos desse momento abaixo:
Vencemos o trecho com segurança e chegamos no cume. Festejamos e descansamos um pouco. Não queríamos demorar muito ali, pois o Morro Careca estava a nossa espera. Novamente nos hidratamos e lanchamos. Apesar daquele belo céu azul na região da Serra das Araras, as nuvens tomavam conta da maior parte da cidade. Continuei saboreando meu lanche enquanto os meninos papeavam e o Alexandre seguia no gatilho da câmera.  Do Palmares ele acabou fazendo uma foto interessante do Morro Careca, lugar que iríamos a seguir.
Morro Careca( Pedra Azul) 
 Rumo a Pedra Azul

Descansados, iniciamos a descida para o Morro Careca. Começamos a descida bem íngreme e um pouco acidentada em alguns pontos.  Alexandre disparou na frente e só ouvíamos o barulho do mato sendo pisado por ele mais a frente. Por conta das dores no joelho, acabei ficando um pouco atrás.  Com o apoio dos bastões, a descida foi menos dolorosa, porém, lenta. Após a descida  que exigia bem dos joelhos, pegamos a subida relativamente suave do Morro Careca. Pelo caminho bem vegetativo e  indefinido, alguns espinhos nos feriam de vez em quando. Alexandre foi o primeiro a chegar ao cume. Lucas chegou pouco depois. Pablo,Glayson e eu em seguida. Comemoramos mais uma vez e exploramos todo o lugar na procura pelo livro de cume. Infelizmente não o achamos. Largamos as nossas tralhas numa laje de pedra e atacamos os lanches com força. Ali, sentados e bem alegres, papeamos e fizemos algumas fotos. O tempo tinha melhorado um pouco. Lucas agitou a turma e fizemos um registro com todos no cume.
Registro feito no cume.
 Novamente nos reunimos na laje onde largamos nossas coisas. Alexandre e Glayson deram uma explorada rápida e voltaram logo. Ficamos ali um bom tempo falando do visual. Especialmente para a Maria Comprida que era ainda mais impressionante daquele ponto. Erguia-se majestosamente, sendo o destaque. Alexandre aproveitou sua habilidade com a câmera para ter um autorretrato seu. A foto ficou muito boa.
Alexandre Milhorance.
 Aproveitei também para fazer uns registros nossos e do visual lá no cume. Faltava pouco para ir embora.  

 Aproveitei e peguei carona com o Alexandre que não soltava a câmera da mão. Afinal, eu tinha que ter uma foto pra guardar de recordação.
Já satisfeitos, recolhemos nossos pertences e iniciamos o caminho de volta para o Palmares pra começar.  Subimos novamente com o Alexandre indo a nossa frente. Glayson e Lucas o seguiam de perto. Eu fiquei por último, fazendo um tremendo esforço para subir. Mesmo com os bastões, o progresso era lento. A dor incomodava demais e me obrigava a parar muito. Foi um alívio chegar no Palmares. Continuamos até passar no trecho exposto com segurança e cautela. Descemos as lajes e entramos na parte mais arbustiva da crista na trilha.
Descendo as lajes
 Pablo foi me acompanhando de perto até o final da trilha. Ao final, agradeci a todos pela paciência, especialmente ao Pablo pela força e apoio moral. Esperamos o ônibus chegar pacientemente. Os horários eram demorados por conta do feriado. Acabei sentando no chão mesmo enquanto aguardava. Foi nesse momento que vimos o Vale das Videiras. Até brinquei com a turma, dizendo que o ônibus foi abduzido por um buraco negro. Já no Terminal de Corrêas, me despedi dos meus amigos e segui para o ponto. Aguardei a chegada do Vale do Carangola ansiosamente. Quando ele chegou, entrei e fui para o final, direto pra janela. Selecionei a música ''Civilian'' do Wye Oak e ativei a repetição automática. Pelo caminho, refletia sobre o dia que tive. Em pensamento, estava grato. A música ecoava na minha mente enquanto eu lembrava de cada passo, subida, descidas, arranhões, dores no joelho e todo tipo de coisa que aconteceu. De sorriso aberto e com muita felicidade, tive a sensação de quanto tinha valido a pena ter saído de casa naquela manhã...

Nenhum comentário:

Postar um comentário